Ela estava ali no canto do chuveiro deixando a água cair, chorando, quieta, silenciosa. As palavras dele foram direto no seu coração. Ela nunca imaginara sentir algo semelhante. Tinha se aberto e ele foi um bruto. Tinha exposto sua alma para ele. Contado coisas que só ele sabia sobre ela. E ele? Ele talvez não tivesse se dado conta do presente que ela tinha lhe oferecido. E, sem pensar, ele disse aquelas palavras. Agora, ali estava ela, no canto do chuveiro, juntando os pedaços de si. Estava se reunindo para procurar uma forma de levantar e seguir.
No momento, deixava apenas a água escorrer pelo seu corpo nu, levando as lágrimas e as palavras. No seu íntimo, sabia da sua força, mas naquela hora só tinha sua fragilidade e a vontade de ficar só naquele canto seu, lambendo como gata as próprias feridas.
Mas, enfim, a água acabou. Ela levantou o corpo volumoso e cheio de curvas. Pegou a toalha e secou cada contorno com suavidade como numa secreta adoração. Passou lentamente óleo de sol para iluminar o coração partido. Pegou suas vestes de ousadia e coragem e as vestiu. Calçou as sandálias da gentileza e da firmeza. E seguiu para vida tentar novamente ser feliz.
No momento, deixava apenas a água escorrer pelo seu corpo nu, levando as lágrimas e as palavras. No seu íntimo, sabia da sua força, mas naquela hora só tinha sua fragilidade e a vontade de ficar só naquele canto seu, lambendo como gata as próprias feridas.
Mas, enfim, a água acabou. Ela levantou o corpo volumoso e cheio de curvas. Pegou a toalha e secou cada contorno com suavidade como numa secreta adoração. Passou lentamente óleo de sol para iluminar o coração partido. Pegou suas vestes de ousadia e coragem e as vestiu. Calçou as sandálias da gentileza e da firmeza. E seguiu para vida tentar novamente ser feliz.
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